Infidelidade Partidária

O site JOTA traz excelente levantamento do pesquisador Arthur Fisch da CEPESPData da FGV. Com o título  "Infidelidade parlamentar e mudança partidária: quem traiu e quando?", o pesquisador trabalha com os dados da API da Câmara para mostrar em gráficos como seu deu o troca-troca partidário na legislatura 2014-2018. O levantamento completo pode ser visto aqui.

O trabalho trouxe resultados interessantes: verificou a diminuição das bancadas dos maiores partidos, como PMDB, PT e PSDB, e o crescimento de siglas médias. Tais mudanças indicam um congresso mais fragmentado e uma competição política mais acirrada em 2018.

Outro dado interessante indica que as bancadas do Ceará, Roraima e Rio de Janeiro foram as que mais sofreram mudança partidária, principalmente com a saída de membros do PMDB para outros partidos. Especificamente no Rio de Janeiro, a análise sugere que a prisão de vários membros de expressão desse partido, como Eduardo Cunha, Jorge Piciani e o ex-governador Sérgio Cabral deva ter contribuído para o esvaziamento da sigla.

Trabalho semelhante também foi apresentado pelo pesquisador Jairo Nicolau da NECON. Apesar do blog do pesquisador ter saído do ar, consegue-se ler a pesquisa no Wayback Machine aqui.

Outro artigo bem interessante sobre o tema do mesmo pesquisador foi publicado na Revista Dados.