Poder e democracia: uma análise da rede de financiamento eleitoral em 2014

Novo artigo na Revista Brasileira de Ciências Sociais analisa as relações de poder político-empresarial constituídas no processo de financiamento eleitoral, em 2014, no Brasil. O estudo das redes de investimentos revela que um terço dos candidatos participou do pleito com chances de sucesso eleitoral próximas de zero, enquanto outro terço participou de um núcleo no qual 0,16% dos doadores privados financiaram diretamente 81% dos eleitos no país. Foram analisados 220 mil relacionamentos entre 185 mil atores, incluindo financiadores e agentes partidários, bem como candidatos que declararam um fluxo de recursos superior a sete bilhões de reais. 

Segundo os autores, a topologia da rede de financiamento eleitoral demonstra uma estrutura de poder político-econômico elitizada, concentra recursos vitais e alcança capacidade para influenciar na direção do processo decisório no Brasil, desafiando o funcionamento de uma democracia de qualidade no país. Trata-se de uma contribuição inovadora que utiliza os recursos de análise relacional para aprimorar os resultados tradicionalmente obtidos pela exploração estatística dos atributos de investidores e candidatos. 

O artigo completo pode ser lido aqui.