Pesquisas realizadas no eixo InfoGend

Um estudo do cenário jurídico-social do acesso à informação no Brasil

Resumo: O presente artigo examina o desenvolvimento jurídico-social do acesso à informação no Brasil após cinco anos de vigência da Lei de Acesso à Informação, perpassando pelo Regime de Informação, evidenciado por estudos no campo da Ciência da Informação. Analisa-se também a abrangência mundial do direito à informação e a classificação brasileira no Global Right to Information Rating. Serão esclarecidas concepções dos termos, Estado, sociedade civil, ética, accountability e transparência. Para realizar a investigação pretendida se utilizaram de consultas a bibliografia, artigos, relatórios e websites concernentes aos temas. Após a pesquisa, é possível identificar que o compêndio normativo de acesso à informação no Brasil possibilitou aos cidadãos maior conhecimento das ações governamentais, permitindo também que instituições públicas e privadas pudessem evidenciar pesquisas e resultados de interesse da sociedade civil em formato claro e eficaz. Contudo, identifica-se ainda insuficiência de respostas em razão das consultas solicitadas e deficiências na gestão da informação que precisam ser sanadas. 

Palavras-chave: Regime de Informação. Lei de Acesso à Informação. Ética. Accountability. Transparência. 

Como citar: VIOLA, C. M. M. Um estudo do cenário jurídico-social do acesso à informação no Brasil. In: Encontro Nacional de Ensino e Pesquisa em Informação (CINFORM), 13, 2017, Bahia. Anais... Bahia: UFBA, 2017. p. 424-438. Disponível em: <http://www.cinform2017.ufba.br/modulos/gerenciamentodeconteudo/docs/366_anais%2027_02_cinform.pdf>.

 

A Individuação da Mulher na Política entre dominação, objetos técnicos e dispositivo de enunciação. 

Resumo: O texto pretende desvendar o processo de individuação da mulher como ser participativo na política partidária eleitoral nas diversas instâncias que abrangem o jogo do comando nas representações públicas, seja como eleitora, como candidata ou como parlamentar eleita, abordando a concretização dos objetos técnicos e os diversos elementos do dispositivo que enunciam sua trajetória na memória histórico-social. Para elucidar as questões abordadas foram feitas revisão na literatura, estudos sobre a legislação pertinente e mapeamento quantitativo das tramitações que abordam os direitos da mulher na Câmara dos Deputados. Após o estudo, percebe-se que a sociedade da informação ainda conserva estereótipos equidistantes da mulher como objeto e da mulher dona de casa que representa o alicerce da instituição familiar e o espírito do lar, prejudicando a vontade feminina de atuar na política e o entusiasmo das militantes em lutar por suas causas. Contudo, a busca pelo devir e empoderamento na política, faz com que a mulher desafie a dominação masculina que persiste no palco de poderes e decisões, renovando as esperanças de maior representatividade no país.

Palavras-chave: Mulher na política. Feminismo. Individuação. Objetos técnicos. Dispositivo de Enunciação.

Como citar: VIOLA, C. M. M. A Individuação da Mulher na Política entre dominação, objetos técnicos e dispositivo de enunciação. In: Congresso Mundos de Mulheres (MM), 13; Seminário Internacional Fazendo Gênero (FG), 11, 2017, Florianópolis. Anais...  Florianópolis: UFSC, 2017. Disponível em: <http://www.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1503851649_ARQUIVO_AINDIVIDUACAODAMULHERNAPOLITICAENTREDOMINACAOEOBJETOSTECNICOSEDISPOSITIVODEENUNCIACAO.pdf>

 

A folksonomia das hashtags como instrumento de militância contra o assédio sexual no facebook: avaliação da hashtag #mexeucomumamexeucomtodas.

Resumo: Este artigo visa compreender como as hashtags auxiliam na discussão militante contra o assédio sexual na mídia social Facebook. Como objetivos específicos: (a) mapear a quantidade de postagens relacionadas à hashtag #mexeucomumamexeucomtodas desde a divulgação da denúncia no quadro #AgoraÉQueSãoElas, da Folha de São Paulo; (b) descrever o gatilho que desencadeou a popularização da hashtag; e, (c) categorizar as postagens recuperadas e; (d) discutir quanto à sua utilização das hashtags para a conscientização e debate contra o assédio sexual. No que tange à fundamentação teórica, este estudo apresenta a folksonomia e hashtags como meio de militância nas mídias sociais, em especial, no Facebook, além de discutir o assédio sexual e dominação patriarcal sob o olhar de Higa (2016), Bordieu (2012), Souza (2006), Narvaz (2005) e Saffioti (1988). Em relação à metodologia, trata-se de uma pesquisa de cunho exploratório e documental, realizada no período de março a maio de 2017. Enquanto resultados, foram encontradas 121 publicações utilizando a hashtag pesquisada. Das categorias atribuídas, as notícias foram as que mais causam interações com comentários nas postagens. As postagens que possuem imagens são as que mais causam engajamento no compartilhamento e curtidas por parte dos usuários do facebook. Enquanto considerações finais, destacamos a relevância desta discussão ara a Biblioteconomia e Ciência da Informação, bem como a importância de ampliar as pesquisas sobre a Folksonomia e a militância social através do uso de hashtags.

Palavras-chave: Folksonomia. Mídias Sociais. Militância social. Assédio Sexual. Facebook.

Como citar: ROMEIRO, N. L.; SILVA, F. L. C. G. S. A folksonomia das hashtags como instrumento de militância contra o assédio sexual no facebook: avaliação da hashtag #mexeucomumamexeucomtodas. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, 2018. Disponível em: <http://www.brapci.inf.br/v/a/29259>.

Link: https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/782

 

A página arrumando letras como um espaço para a desconstrução da dominação do patriarcado.

Resumo: Este artigo se propõe a discutir a dominação patriarcal presente nas músicas populares discutidas e reescritas na página Arrumando Letras na mídia social Facebook, bem como a compreensão dos fenômenos, valores e costumes estudados pela ética, compreendida como a Ciência da moral. Os objetivos específicos incluem: a) verificar as contribuições bibliográficas no que tange ao arcabouço teórico e conceitual sobre ética; b) discutir por intermédio das postagens da página Arrumando Letras, a dominação patriarcal e masculina contra as mulheres presente nas músicas populares entre brasileiros e brasileiras; c) analisar a página Arrumando Letras como um importante espaço de militância e promoção de debate sobre respeito entre gêneros e herança de uma cultura patriarcal; d) Refletir como a competência crítica em informação é aplicada na página e como contribui com a formação dos seguidores da mesma. A metodologia adotada foi de natureza exploratória e qualitativa caracterizada como bibliográfica. A fundamentação conceitual deste artigo discute e conceitua ética, moral, dominação patriarcal, dominação masculina e competência crítica em informação. A partir dos resultados obtidos, refletimos e desejamos que cada vez mais a dominação patriarcal seja desconstruída, e seus danos na vida das mulheres erradicados à medida que o nosso protagonismo, bem como de outros gêneros, sejam cada vez mais representados, não só na Ciência da Informação, mas em outras ciências, na política, na educação e em diferentes contextos socioeconômicos e culturais.

Como citar: ROMEIRO, N. L.; SILVA, F. L. C. G. S.; BRISOLA, A. C. C. A. S. A página arrumando letras como um espaço para a desconstrução da dominação do patriarcado. Revista Digital de Biblioteconomia & Ciência da Informação, v. 16, n. 3, 201810.20396/rdbci.v16i3.8651276. DOI:10.20396/rdbci.v16i3.8651276. Disponível em: <http://www.brapci.inf.br/v/a/30326>. Acesso em: 20 Jul 2018.

A competência crítica em informação como resistência: uma análise sobre o uso da informação na atualidade.

Resumo: Este artigo pretende discutir sobre as relações entre a informação e a cidadania a partir de perspectivas da Ética e da Competência Crítica em Informação. Pensar a ética que envolve a informação e extrapola as questões normativas, considerando as relações sociais. Demonstrar a importância do fomento à Competência Crítica em Informação para promover cidadãos éticos participativos, autônomos no exercício de sua cidadania. Reforça a relevância da Competência Crítica em Informação para resistir a desinformação, fake news e boatos, bem como promover um cidadão que, diante da enxurrada de informações, consiga selecionar criticamente aquelas que são importantes para si. Pensar nas dimensões da Competência em Informação, reforçando a importância dos estudos críticos e reflexivos que justificam o uso de Competência Crítica em Informação

Palavras-chave: Competência Crítica em Informação. Ética. Cidadania. Desinformação. Competência em Informação.

Como citar: BRISOLA, A. C.; ROMEIRO, N. L. A competência crítica em informação como resistência: uma análise sobre o uso da informação na atualidade. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, 2018. Disponível em: <http://www.brapci.inf.br/v/a/30226>.